sábado, 31 de março de 2012

Clubes e FPFS vêem Bronze em um 'novo patamar'

Texto: Sebastião Neto (Direto de Castro/PR)
Edição: Felipe Gustavo

Após o arbitral que definiu um novo formato para a Chave Bronze do Paranaense de Futsal em 2012, o discurso entre dirigentes de clubes e a diretoria da Federação Paranaense de Futsal (FPFS) era um só: que a 3ª divisão tem que aumentar o nível de importância, investimento e organização por parte dos clubes. "Não podemos menosprezar o nosso próprio trabalho. A Bronze tem que pensar bem e ter o mesmo modelo de organização da Ouro e da Prata", disse o técnico do Matelândia, Cidrão, em uma de suas intervenções na reunião.

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Foto: Divulgação
Ao final dos trabalhos, o representante da Secretaria de Esporte e Cultura de Castro, Marcos Rocco, engrossou o coro dos técnicos de todo o estado. "Estamos investindo alto, como todos que estão aqui, porque acreditamos no potencial para em um futuro próximo colocar a cidade entre as melhores do Paraná no futsal", frisou Rocco. Já o presidente da Associação Dois Vizinhos Futsal, Giovani Lima, destacou a força do sudoeste no torneio. "Temos diversas equipes jogando esta Chave Bronze, além é claro do Pato Futsal e Marreco na Ouro, e o Ampére na Prata. É a hora de mostrar o futsal do sudoeste e da Federação olhar com mais carinho a nossa região", avaliou Lima.

A mudança no regulamento da Bronze, com todas as equipes se enfrentando em turno único na 1ª fase, agradou o Diretor Técnico da FPFS, Cel. Antonio Carlos Abrão "Este novo formato já mostra que os times estão mais estruturados, mais maduros. Na Chave Bronze, pela primeira vez o campeão vai ter que jogar contra todo mundo para mostrar sua força", frisou Abrão.

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Se existem prejudicados neste novo formato da Chave Bronze, eles estão na Região dos Campos Gerais. Com apenas três times entre os 16 da competição, os dirigentes de Castro, Carambeí e Tibagi com certeza terão altos custos com viagem durante o torneio. Não atoa, o coordenador da ASSOCAM/Carambeí Futsal, Sandro de Oliveira, criticou a mudança. "Temos de pensar nas equipes que apostam em jogadores da região, que estão se formando e tem algumas dificuldades. Por isso pedimos a 1ª fase regionalizada", explicou Oliveira.

Afinal, se os clubes da Chave Bronze queriam calendário e investimento alto para a temporada, porque não optaram pela Prata, que está com um enorme clarão em 2012? Sabemos que boa parte deles foi convidado a disputar o torneio pela FPFS, e declinou justamente por problemas financeiros. Claro que os custos são bem maiores entre uma e outra, mas o modelo de competição da 2ª divisão já é pensado em quem quer rapidamente disputar a elite. Por outro lado, a Bronze sempre caracterizou pelo regionalismo, a oportunidade de uma competição com custos um pouco menores para os clubes.

Se a decisão tomada pelos clubes em Castro significar a evolução da Bronze para que a competição se torne tão profissional e sistemática quanto as duas primeiras do nosso estado, de parabéns. Mas infelizmente a chance de ficarmos para trás é grande, porque estamos longe dos pesados investimentos do 'lado de lá do Paraná', e carecemos de conquistas importantes para convencermos nós mesmos de que existe um futuro promissor no futsal dos Campos Gerais.



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