Edição: Nataniel Zanferrari
Futsaldaqui.com na Chave Bronze
Um jogo repleto de conflitos antes, durante e depois que a bola rolou. Diante da ADESA/Ampére, o Ivaí EC/Prefeitura de Ivaí/Kadesh Futsal jogou apenas um tempo na noite do último sábado (03), e foi derrotada pela equipe local pelo placar de 1 a 0. A partida válida pela 3ª rodada da 3ª fase da Chave Bronze do Paranaense de Futsal aconteceu no Ginásio Municipal Rondinha, na cidade de Ampére, e teve confusões em série desde a chegada dos ivaienses ao ginásio até a saída dos jogadores do município. No intervalo do jogo, diversos artefatos explosivos foram jogados no vestiário do time que representa a região dos Campos Gerais nesta Chave Bronze, que decidiu por não retornar para a 2ª etapa.
O jogo
O torcedor amperense lotou o Ginásio Rondinha e estava disposto a empurrar o time da casa para a recuperação na Chave Bronze, depois de duas derrotas seguidas. O clima de pressão sobre o time ivaiense vinha de dentro e de fora das quatro linhas, nada que surpreendeu os atletas do time da Região dos Campos Gerais, que foram alvos de ameaças durante toda a semana: o clima resultou na presença de um delegado escalado pela Federação Paranaense de Futsal para trabalhar na partida em Ampére.
O único gol da partida foi marcado pelo artilheiro Pretinho: na cobrança de falta, um vacilo coletivo da barreira ivaiense e do goleiro Diego fizeram a bola ir para o fundo da rede. Antes do gol, Marcelo Jucá havia sido expulso por jogada violenta, punida corretamente pela arbitragem da cidade de Guarapuava, elogiada tanto por amperenses como ivaienses.
Confusão no intervalo: as duas versões da história
Quando as duas equipes foram para os vestiários, começava a confusão que resultou no abandono do time Ivaí para o 2º tempo. O FutsalDaqui.com conversou com jogadores da equipe de Ivaí, além de ter acesso a transmissão da partida feita pelas duas rádios que estavam no local: a Rádio Ampére e a Rádio Ativa, da cidade de Ivaí. De acordo com os ivaienses, uma série de explosivos foram jogados no vestiário da equipe, que causaram uma fumaça generalizada no local, além do barulho ensurdecedor.
O delegado da partida, vindo da cidade de Pato Branco, presenciou uma das explosões logo que entrou no local, após ser chamado pela delegação do Ivaí EC/Kadesh. Ele disse em entrevista à Rádio Ativa, ao sair do vestiário, que "não teria como haver mais partida no Ginásio". Com as explosões em série, comissão técnica e jogadores de Ivaí decidiram não retornar a quadra.
Já em Ampére, se admite apenas uma explosão, causada por uma bomba caseira que foi jogada no vestiário. A presença de 10 oficiais da Polícia Militar garantiriam a segurança do time visitante para 2ª etapa, fato que, segundo os amperenses, convenceu o delegado da partida a dar condições para que o jogo continuasse. Segundo o site oficial do Ampére Futsal, os dois menores de idade que atiraram a bombinha no vestiário já foram identificados pela PM.
Após a decisão dos ivaienses, o time dos Campos Gerais foi escoltado pela Polícia para sair do Ginásio Municipal Rondinha, o que não evitou o apedrejamento do ônibus que levava a delegação, porém nenhum jogador acabou ferido. A escolta acompanhou a delegação até a BR-277, na entrada do município de Ampére.
Para a FPFS, jogo está sub-júdice
Apesar da arbitragem, em declarações dadas a Rádio Ampére, dizer que a partida estava encerrada com o placar de 1 a 0 para a ADESA/Ampére, não é o que diz o site oficial da Federação Paranaense de Futsal (FPFS). Para a entidade, o jogo está sob-júdice, e com isso a decisão sobre o que vai acontecer com a partida fica para o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Outro fator importante para a decisão do futuro deste duelo é o relatório feito pelo delegado da partida, que deve ser encaminhado a FPFS já nesta segunda-feira (05).
A interpretação dos magistrados do TJD pode caminhar para dois lados: a primeira é de que Ivaí abandonou o duelo, o que complicaria demais a situação do time dos Campos Gerais. Além da perda dos pontos referentes ao duelo, os membros da comissão técnica podem sofrer graves punições, que podem chegar a 180 dias de suspensão, como define o artigo 269 do Código de Justiça Desportiva, já que o regulamento da Chave Bronze não discorre sobre situações como esta.
Por outro lado, a atitude de atirar artefatos explosivos no vestiário podem ser consideradas um fator que embasa a falta de segurança a que o time de Ivaí estava exposto na partida, o que configura infração ao artigo 211 do CBJD, causando a interdição do Ginásio e multa de até R$ 1.000,00, como também a realização de uma nova partida em quadra netura.
Se o resultado for mantido, o Ampére chega aos mesmos 6 pontos do Ivaí EC/Kadesh, mas ultrapassaria o time dos Campos Gerais pelo critério de gols average. O líder do grupo H é o Grêmio Ivaiporã, que derrotou o São Mateus por 10 a 1 e chegou aos 12 pontos, com 100% de aproveitamento nesta fase da competição. Para se confirmar matematicamente na semifinal da Chave Bronze, o time do norte do estado precisa de apenas um ponto nas duas partidas que restam (Ivaí e Ampére fora de casa).
Quando as duas equipes foram para os vestiários, começava a confusão que resultou no abandono do time Ivaí para o 2º tempo. O FutsalDaqui.com conversou com jogadores da equipe de Ivaí, além de ter acesso a transmissão da partida feita pelas duas rádios que estavam no local: a Rádio Ampére e a Rádio Ativa, da cidade de Ivaí. De acordo com os ivaienses, uma série de explosivos foram jogados no vestiário da equipe, que causaram uma fumaça generalizada no local, além do barulho ensurdecedor.
O delegado da partida, vindo da cidade de Pato Branco, presenciou uma das explosões logo que entrou no local, após ser chamado pela delegação do Ivaí EC/Kadesh. Ele disse em entrevista à Rádio Ativa, ao sair do vestiário, que "não teria como haver mais partida no Ginásio". Com as explosões em série, comissão técnica e jogadores de Ivaí decidiram não retornar a quadra.
Já em Ampére, se admite apenas uma explosão, causada por uma bomba caseira que foi jogada no vestiário. A presença de 10 oficiais da Polícia Militar garantiriam a segurança do time visitante para 2ª etapa, fato que, segundo os amperenses, convenceu o delegado da partida a dar condições para que o jogo continuasse. Segundo o site oficial do Ampére Futsal, os dois menores de idade que atiraram a bombinha no vestiário já foram identificados pela PM.
Após a decisão dos ivaienses, o time dos Campos Gerais foi escoltado pela Polícia para sair do Ginásio Municipal Rondinha, o que não evitou o apedrejamento do ônibus que levava a delegação, porém nenhum jogador acabou ferido. A escolta acompanhou a delegação até a BR-277, na entrada do município de Ampére.
Para a FPFS, jogo está sub-júdice
Apesar da arbitragem, em declarações dadas a Rádio Ampére, dizer que a partida estava encerrada com o placar de 1 a 0 para a ADESA/Ampére, não é o que diz o site oficial da Federação Paranaense de Futsal (FPFS). Para a entidade, o jogo está sob-júdice, e com isso a decisão sobre o que vai acontecer com a partida fica para o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Outro fator importante para a decisão do futuro deste duelo é o relatório feito pelo delegado da partida, que deve ser encaminhado a FPFS já nesta segunda-feira (05).
A interpretação dos magistrados do TJD pode caminhar para dois lados: a primeira é de que Ivaí abandonou o duelo, o que complicaria demais a situação do time dos Campos Gerais. Além da perda dos pontos referentes ao duelo, os membros da comissão técnica podem sofrer graves punições, que podem chegar a 180 dias de suspensão, como define o artigo 269 do Código de Justiça Desportiva, já que o regulamento da Chave Bronze não discorre sobre situações como esta.
Por outro lado, a atitude de atirar artefatos explosivos no vestiário podem ser consideradas um fator que embasa a falta de segurança a que o time de Ivaí estava exposto na partida, o que configura infração ao artigo 211 do CBJD, causando a interdição do Ginásio e multa de até R$ 1.000,00, como também a realização de uma nova partida em quadra netura.
Se o resultado for mantido, o Ampére chega aos mesmos 6 pontos do Ivaí EC/Kadesh, mas ultrapassaria o time dos Campos Gerais pelo critério de gols average. O líder do grupo H é o Grêmio Ivaiporã, que derrotou o São Mateus por 10 a 1 e chegou aos 12 pontos, com 100% de aproveitamento nesta fase da competição. Para se confirmar matematicamente na semifinal da Chave Bronze, o time do norte do estado precisa de apenas um ponto nas duas partidas que restam (Ivaí e Ampére fora de casa).
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